quinta-feira, 9 de abril de 2009

O primeiro de três dias em Madrid!

No passado fim-de-semana de 3 a 5 de Abril desloquei-me a Madrid em sua descoberta, entre museus, monumentos e passeios turísticos. Fiz-me ao caminho depois de anteriormente ter reservado voo, estadia e passes para Madrid pelos preços bastantes económicos que em seguida vou passar a referir. Madrid, quadruplicou o seu tamanho nos últimos 50 anos, os lugares de maior interesse ainda se mantém no centro da cidade, o que facilita muito os passeios a pé nas áreas mais interessantes bem como na área de Madrid Antiga, Bourbon e em redor de Castellana. Madrid acolhe uma grande oferta artística, que surge dos diferentes estilos que deixaram esplêndidas amostras na região ao longo dos séculos. Desde antigos vestígios árabes e medievais, até algumas contribuições dos Reis Católicos. Mas a pujança artística de Madrid coincidiu com a nova dimensão política adquirida a partir de Felipe II. A chegada dos Áustrias, a partir do século XVI, marca o início da construção de grandes monumentos, tendo como resultado o que se denominou a Madrid dos Áustrias, com uma infinidade de recantos, igrejas e conventos, com muito sabor e arte. O século XVIII também deixou o seu rastro neoclássico em palácios, igrejas e fontes, com amostras magníficas deste estilo. Podemos encontrar em Madrid mais moderna e vanguardista nas zonas de extensão dos seus dois grandes eixos, a Gran Vía e o Paseo de la Castellana.

Vôo ida e Volta: 50,50€ em TerminalA c/ um mês de antecedência
Hotel: 45,00€ (Hotel Praga**** s/ pequeno-almoço) em Hotels.com
MadridCard Cultura 72h: 37,00€ (inclui entradas em Museus, Monumentos, Visitas Turísticas e também descontos em Teatros, Compras, Restaurantes e Noite) em Neoturismo.com
Passe de Transportes de Madrid 3 dias: 11,60€ (Metro, Metro Ligeiro, Autocarros Urbanos e Comboios Suburbanos) em Neoturismo.com

Na chegada ao terminal 4 do aeroporto de Barajas por volta das 12horas locais de sexta-feira logo me desloquei para o terminal de metro não tendo de esperar devido a transportar somente bagagem de mão. Sendo a rede de metro bastante eficiente e rápida, obtei por abdicar do táxi e desloquei-me de metro até ao centro de Madrid acabando por poupar cerca de 25euros. O hotel situava-se na zona de Toledo próximo da Puente de Toledo com paragem de metro "Marqués de Vadillo" acerca dez minutos a pé.

Este é o Hotel onde eu fiquei... bastante acolhedor e a dar bom uso as quatro estrelas que tem!

Depois do check-in feito e bagagens arrumadas lá comecei eu a caminhar pelas ruas, à descoberta de toda a beleza que Madrid têm para nos oferecer!

Começando pela Puente de Toledo que liga as duas margens do rio Manzanares, a mandato de Felipe IV com o objectivo de ligar a cidade de Madrid com Toledo, de estilo Barroco, elaborada em pedra calcária amarela ao encargo entre os anos 1718 e 1732 do arquitecto Pedro de Ribera que foi construida pela terceira vez depois de as duas anteriores contruções terem sido destruidas por inundações.

Está adornada na parte central pelas estátuas de São Isidro Lavrador, padroeiro de Madrid e a da sua esposa Santa María de la Cabeza(foto).

Glorieta de las Pirâmides localizada entre a Puente e Puerta de Toledo.


Puerta de Toledo foi construída por ordem de José Bonaparte, José I. Destinava-se a comemorar a sua ascensão ao trono espanhol após os tumultos de 1808 em Madrid. Mas assim não aconteceu, devido ao seu reinado ter sido demasiado curto, tendo fugido de espanha em 1814 sendo substituido por Fernando VII.

Ergueu-se assim entre 1817 e 1827 a cargo do Arquitecto António Lopez Aguado e foi dedicada a título de comemoração a Fernando VII depois da vitória contra as tropas de Napoleão. Trata-se duma estrutura de granito com um grande arco de meio ponto no centro, mostrando em cada lado duas portas rectangulares com colunas estriadas, está encimada por um grupo escultórico a personificar Espanha. De ambos os lados há figuras alegóricas dos Génios e das Artes.

Igreja de Santa Cruz, perto da Plaza Mayor de estilo Neogótico projectada pelo Marqués de Cubas, construida entre 1889 e 1902.

Palacio de Santa Cruz é uma das jóias da arquitectura do tempo dos Habsburgos, em Madrid. O edifício está situado na Plaza de la Provincia, perto da Plaza Mayor, o coração de Madrid durante o reinado dos Habsburgos. Construído entre 1629 e 1643 por Juan Bautista Crescendi. O palácio real que originalmente serviu para a prisão da corte, sofreu restauro em 1846, após um incêndio, e novamente durante o rescaldo da Guerra Civil, mas a sua arquitectura original permaneceu intacta. O estilo do edifício é barroco que condiz com a zona em redor da Plaza Mayor, com as torres espiraladas e com dois pátios interiores. O edifício só ficou conhecido por Palacio de Santa Cruz depois de 1846, quando passou a Ministério do Ultramar da Espanha e recentemente, desde 1901, Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Uma das nove portas de entrada da Plaza Mayor, a qual vindo da Plaza de Santa Cruz.

Plaza Mayor está situada em pleno centro da cidade, no qual se denominou a Madrid dos Áustrias, muito perto da Porta do Sol e da Praça da Vila. Foi construída entre 1617 e 1619 no local onde se localizava a Praça do "Arrabal” e foi projectada pelo o arquitecto Juan Gómez de Mora. Desde o século XVII, quando se faziam festas, espectáculos de touros ou recepções solenes, sempre foi um cenário incomparável para todo tipo de acontecimentos públicos. É uma praça em pórtico com forma rectangular e está completamente fechada por edifícios de três andares, completados com varandas, pináculos, janelas de mansarda e pronunciados telhados. Belos e majestosos edifícios como a Casa da Padaria ou a Casa do Talho. Nos alpendres sustentados por pilares de granito localiza-se um bom número de bares e restaurantes, bem como lojas de filatelia, numismática e de lembranças. Nove são as portas que permitem o acesso à praça, sendo uma das mais importantes a conhecida como o "Arco de Cuchilleros".



A Puerta del Sol é um dos espaços mais famosos da capital e ponto de encontro dos madrilenos, barulhenta com o trânsito. Nos finais do século XIX, a zona transformou-se numa praça e tornou-se o centro dos frequentadores de cafés. Localizam dois dos símbolos mais característicos de Madrid. A estátua do urso e o madronho, realizada em bronze e instalada em 1967. Esta mesma imagem também aparece no escudo de Madrid, e simboliza a abundância de ambas espécies nos arredores da cidade. Também é preciso destacar outra estátua situada na praça, igualmente de bronze e que representa o rei Carlos III montado a cavalo. Desde sempre foi uma via de acesso à vila, embora a sua construção data do reinado de Carlos I, que mandou construir uma porta que servisse de acesso à cidade. Esta situou-se entre a calle Alcalá e a Carrera de San Jerónimo. Como está orientada ao Levante, colocou-se um sol que adornava a entrada, daí o seu nome. A praça está rodeada por construções muito belas, embora a mais relevante seja um grande edifício que preside a praça, conhecido como a Casa dos Correios, actual sede da Presidência da Comunidade Autónoma, que foi construído entre 1766 e 1768. Este edifício foi a primeira agência de correios de Madrid e conserva, na sua fachada, o relógio que, no seu momento, esteve na igreja do Bom Sucesso, de onde quase todos os espanhóis escutam as badaladas do dia 31 de Dezembro. Em Espanha, é muito popular comer uma uva em cada uma das badaladas, e a tradição diz que se formos capazes de comer as doze uvas no tempo que demoram a soar as doze badaladas, teremos um ano com muita sorte.
Por outra parte, o quilómetro zero está sinalizado junto à Casa dos Correios por uma placa e é o ponto de partida de todas as estradas espanholas.



Não consegui ter acesso nem fotografias de grande parte da Puerta del Sol devido a área estar em obras e a parte central estar vedada.


A caminho da Gran Via...

Edifício Telefónica situado na Gran Via com o seu ar americano deve-se ao facto de ter sido inspirado nos arranha-céus de Manhattan dos anos 20 e projectado pelo o americano Louis S. Weeks, embora o responsável oficial para efeitos de aprovação do projecto fosse o arquitecto espanhol Ignacio de Cárdenas. Construído entre 1926 e 1929 para instalação da companhia dos telefones espanhola. Actualmente os pisos inferiores são utilizados para exposições, uma delas permanente sobre a evolução das telecomunicações e outras temporárias.

A Gran Via é conhecida pela rua comercial mais chique e importante do centro de Madrid. Começou a ser concebida em meados do século XIX, alguns urbanistas devido a necessidade de expansão decidiram que uma nova artéria deveria de ser criada. Projectada desde 1860 só foi aprovada em 1904. Os edifícios foram contruídos em três fases com início na Calle de Alcalá em conexão com a Plaza de España. A nova rua deu aos arquitectos oportunidade de se monstrarem com um sumário das tendências arquitectónicas dos inícios do século XX.




Plaza del Callao conhecida pela "Meca" dos cinemas de Madrid onde existem sete dos 60 existentes em Madrid. O estilo dos edifícios é Art Déco (foto:Cine Callao). A praça situa-se na junção da Gran Via com a Calle de Preciados, recebeu o nome da batalha naval ao largo de Callao, Peru, em 1866.
Iglesia Catedral Castrense - Esta igreja foi construída entre 1671 e 1744. Arquitectónicamente, é um exemplo típico da igreja barroca de Madrid. Inicialmente era um convento do Santíssimo Sacramento.

Plaza de la Villa - Nesta pequena e formosa praça de Madrid existem numerosos edifícios históricos a circundar a praça, eleva-se a sede da Câmara Municipal da capital: a Casa de la Villa (lado direito da foto). A sua construção, que durou 52 anos, começou no ano de 1644, com projecto do arquitecto Juan Gómez de Mora. Este edifício, que durante um período teve a função de prisão. A Torre de los Lujanes(foto seguinte), do século XV e a Casa de Cisneros(edifício central da foto) construída em 1537 e mais tarde restaurada e comprada em 1909 pela Câmara Municipal para expandir suas dependências municipais.

Palácio de Abrantes é actualmente o edifício que abriga o Istituto Italiano di Cultura. Projectado pelo arquitecto Juan Maza, que foi encomendado pelo Infante Don Juan de Valência. Construído entre os anos de 1653 e 1655. Em 1842 o Duque de Abrantes tornou-se o novo proprietário e assim remodelou o palácio a cargo do arquitecto Anibal Alvarez Bouquel. Ele acrescentou em meados do século XIX gostos aristocráticas, as varandas foram modernizadas e uma nova porta foi adicionada, entre outros itens.
Palacio de los Consejos, Palacio del Duque de Uceda que foi construído por encargo de Cristóbal Gómez de Sandoval-Rojas, primeiro duque de Uceda construído no século XVII. Foi projectado pelo arquitecto Francisco de Mora, mas as obras foram conduzidas por Juan Gómez de Mora e execução ao cargo do capitão Alonso Turrillo entre 1608 e 1613.
A catedral de Santa María La Real de La Almudena é um espectacular edifício com uma mistura de vários estilos arquitectónicos. No exterior, o estilo neoclássico embeleza a construção, enquanto no interior respiramos um ambiente neo-gótico. A cripta, pela sua vez, é de estilo neo-românico. Como podem comprovar nas fotos seguintes. A sua construção iniciou-se em 1879 e só ficou concluída em 1993. Está catedral tem o privilégio de ser a primeira catedral espanhola consagrada pelo um Papa e a primeira que João Paulo II consagrou fora de Roma. O acto teve lugar no dia 15 de Junho de 1993, na quarta viagem de João Paulo II à Espanha.

Palácio Real foi sempre a residência oficial dos reis da Espanha, desde Carlos III até Alfonso XIII, e mais tarde seria também residência dos presidentes da II República. Desde a década de 1940, a sua custódia e conservação depende do Património Nacional, está reservado para as cerimónias e actos públicos nos quais o rei Juan Carlos I participa como Chefe do Estado. É, sem dúvida, o edifício mais importante que aparecerá em Madrid no século XVIII, e nasceu com a pretensão de servir como exemplo, para toda a nação, das reformas que estavam a realizar-se, e para outros reis, como símbolo da grandeza e força da monarquia espanhola. Tem um grande pátio central de forma quadrangular em torno do qual se organiza o palácio. Para a sua realização utilizou-se granito para as fachadas, pedra branca de Colmenar e mármore para os relevos e detalhes. O Palácio tem uma visita por algumas das salas mais importantes, começando pelas salas de entrada, o Salón de los Alabarderos decorado com frescos de Tiépolo. O Salón de Columnas, que serviu de sala de banquetes e agora é usada para recepções e cerimónias oficiais. Depois temos as Salas de Carlos III, O Salón del Trono cuja decoração se manteve intacta ao longo das gerações de governantes. À saída do Salón del Trono há três divisões pequenas que têm o nome do decorador Mattia Gasparini. Trata-se dos aposentos particulares do rei. Sala de Gasparini onde comia as suas refeições sozinho, a Antecámara de Gasparini e Cámara de Gasparini onde se vestia. É a única sala que conserva a decoração original do estilo rococó e oriental. O Tranvia de Carlos III, uma pequena sala que conduz ao antigo quarto de Carlos III. A Sala de Porcelona de estilo barroco que tem as paredes cobertas de porcelana do séc. XVIII e por fim a Salita Amarilla, assim chamada devido as tapeçarias nas paredes. Em seguida temos o Salão de Jantar, com os seus 400m2, o salão de banquetes foi formado em 1879 quando os aposentos da rainha se reuniram num só. Está ricamente decorada a ouro no tecto e nas paredes, lustres, tapeçarias flamengas, vasos chineses e cortinas bordadas. Por fim temos as Salas da Capela, construídas entre 1749 e 1757, a sua cúpula atrai qualquer um com as suas pinturas de Giaquinto. O Salón de Paso, O Salón de Estucos, quarto da rainha e o Gabinete de Maderas de Indias que era utilizado como escritório.




Plaza de Oriente localiza-se ao lado do Pálacio Real e foi criado por José Bonaparte (José I) durante a sua vida como rei de Espanha. Praça que em tempos serviu como local de reuniões para ocasiões oficiais: reis, rainhas e ditadores. No centro da praça está a estátua equestre de Filipe IV.
Teatro Real, o edifício da Ópera de Madrid é o mais emblemático teatro de Madrid e do país. É neste auditório que têm lugar os melhores desempenhos operísticos na cidade. Foi originalmente construído em 1850 com projecto de Don Antonio López Aguado e Don Custodio Moreno.

Plaza de España - No centro da praça têm um monumento à espanhola novelista, poeta e dramaturgo Miguel de Cervantes Saavedra. Projectado pelos arquitectos Rafael Martínez Zapatero e Pedro Muguruza e escultor Lorenzo Coullaut Valera. Maior parte do monumento foi construído entre 1925 e 1930. Foi concluída entre 1956 e 1957 por Federico Coullaut-Valera Mendigutia, filho do escultor original. A praça adquiriu o seu aspecto actual durante o período franquista com a construção do maciço Edifício España.

Templo Nacional de Santa Teresa de Jesus, foi construída pelo arquitecto Jesus Carrasco Muñoz entre 1923 e 1928. Carrasco, projectou o edifício distintamente medieval, claramente visíveis nas torres que ladeiam a entrada da igreja. No exterior destaca-se a sua fachada neo-gótico e a sua interessante cúpula que evoca arquitectura bizantina, está decorado com mosaicos amarelos, laranjas e vermelhos quem brilham com o pôr do sol.
O Templo de Debod possivelmente é uma das construções que jamais esperaríamos encontrar em Madrid. Este templo egípcio orientado de leste a oeste e rodeado por água, segundo a sua localização original, foi um presente do Egipto à Espanha em 1968 como tributo aos engenheiros espanhóis envolvidos no salvamento de monumentos antigos das águas das cheias da barragem de Assuão no rio Nilo. Dedicado ao culto dos deuses egípcios Amón e Isis, tem 2.200 anos e estava situado na localidade de Debod à beira do Nilo. Tem várias dependências, entre elas a mais importante a Capela dos relevos, que se conserva no seu estado original e é a parte mais antiga do templo, onde se podem ver cenas de actos rituais.

Plaza de Colón é uma praça que foi feita em homenagem ao maior navegador ao serviço de Espanha de todos os tempos, Cristóvão Colombo. A praça comemora a era dourada de Espanha (séc. XVI - séc. XVII). Nesse local estão edificados o Centro Cultural de Madrid e um monumento a Colombo em estilo neogótico erguido entre 1881 e 1885.

O edifício da Biblioteca Nacional, declarado Monumento Histórico-Artístico em 1983, começou a construir-se em 1866. A fachada é de estilo dórico na planta inferior e de estilo jónico na superior. Nela destaca-se, sobretudo, o frontão, decorado com estátuas que representam o triunfo das Letras, Ciências e Artes.


Para finalizar uma passagem pelo no Hard Rock Café que se encaixa bastante bem em qualquer roteiro nem que seja somente para comprar um "recuerdo".



Assim foi o primeiro de três dias em Madrid...

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